"... Quando me amei de verdade, comecei a perceber como é ofensivo tentar forçar alguma situação ou alguém apenas para realizar aquilo que desejo, mesmo sabendo que não é o momento ou a pessoa não está preparada, inclusive eu mesmo.
Hoje sei que o nome disso é... Respeito."

"E" e "Se" são duas palavras tão inofensivas quanto qualquer palavra, mas coloque-as juntas lado a lado, e elas tem o poder de assombra-lá pelo resto da sua vida.

"E se".. E se? E se?


Não sei como sua história acabou.
Mas sei que se o
que você sentia na época era amor verdadeiro então nunca é tarde demais.
Se era verdadeiro então, porque não o seria agora?
Voce só precisa ter coragem para seguir seu coração.
Não sei como é sentir amor como o de Julieta, um amor pelo qual abandonar entes
queridos, um amor pelo qual cruzar oceanos. Mas gosto de pensar que, se um dia sentisse, eu teria coragem de agarrá-lo. E Claire se voce não o fez, espero que um dia faça.

Com todo meu amor.

Julieta
Quando uma porta se fecha, outra se abre.
Tenha paciência, persistência,
constância.

Chega um momento,
ao longo da jornada espiritual,
em que algo que estimamos deve acabar.
Talvez uma relação significativa
tenha terminado.

Talvez uma oportunidade
que procuramos obter
se torne de repente inalcançável.
Sejam quais forem as circunstâncias,
sentimo-nos privados de um bem a que aspiramos.

Quando isso acontecer, não se desespere,
pois o Infinito não se esqueceu de você.
Você está sofrendo privação por uma única razão
para que possa receber um bem ainda maior.

A natureza domina o vácuo.
Esse princípio do mundo físico
tem seu paralelo no mundo espiritual.
Não se pode renunciar a alguma coisa
sem ganhar alguma outra coisa em troca.

O universo está sempre pronto
para preencher o seu vazio,
substituindo a tristeza pela alegria,
a perda pelo ganho,
a morte pelo renascimento.

O que então deve fazer
quando uma porta se fecha para você?
Primeiro, renuncie ao seu apego àquilo que era,
ou àquilo que gostaria de ser.

A Força Suprema tem preparado
para você uma dádiva ainda maior.
Depois,afirme para si mesmo:

"Quando uma porta se fecha,outra se abre.
Espero confiante e com alegria
o bem que me está reservado."

Seja paciente, pois ele logo, logo há de vir.

http://www.paideamor.com.br/refletir/refletir88.htm
As cenas a seguir são muito fortes!


Não é da minha natureza esperar que me deem liberdade, não espero pelo pouco que há de essencial na vida. Sendo liberdade uma delas, eu mesmo me concedo. Ser livre não me ensinou a amar direito, se por direito entende-se este amor preestabelecido, mas me ensinou as sutilezas do sentimento, que, afinal, é o que caracteriza e o torna pessoal e irreproduzível. Te amo muito, até quando não percebo.
O amor que sinto pode parecer estranho, e é por isso que o reconheço como amor, pois não há amor universal: não, caríssima. Não há um amor internacional, assim como são proclamados os cidadãos do mundo. Cada cidadão, um coração, e em cada um deles, códigos delicados. Se não é este o amor que queres, não queres amor, queres romance, este sim, divulgadíssimo. Te amo muito, e não sinto medo.
Bela e cega, buscas em mim o que poderias encontrar em qualquer canto, em todo corpo, homens e mulheres ao alcance de teus lábios e dedos, romance: conhecido o enredo, é fácil desempenhá-lo. E se casam os românticos, e fazem filhos e fazem cedo.
O amor que sinto poderia gerar casamento, pequenos acertos, distribuição de tarefas, mas eu gosto tanto, inteiro, que não quero me ocupar de outra coisa que não seja você, de mim, de nosso segredo. Te amo muito e pouco penso.
Esta carta não chegará, como não chegarão ao seu entendimento estas palavras risíveis, estes conceitos que aos outros soariam como desculpa de aventureiro ou até mesmo plágio, já que não há originalidade na idéia, muito difundida, porém bastante censurada. Serei eu o romântico, o ingênuo? Serei o que quiseres em teu pensamento , tampouco me entendo, mas sinto-me livre para dizer-te: te amo muito, sem rendimento, aceso, amor sem formato, altura ou peso, amor sem conceito, aceitação, impassível de julgamento, aberto, incorreto, amor que nem sabe se é este o nome direito, amor, mas que seja amor. Te amo muito, e subscrevo-me.
(Martha Medeiros)
Maria convivia maritalmente com João. Este, por sua vez, resolveu sair do armário: separou-se de Maria e foi viver com Pedro.
Pedro é servidor da segurança pública, profissão machista e tal, mas Pedro virou a cabeça e tinha um ciume louco de João. Não podia ver seu amor conversando com ninguém que fazia escândalos e fazia ameaças a quem se aproximasse dele.
João resolveu se vestir de macho de novo e saiu com Maria. Pra que? João soube, abordou a rival na rua e deu uma taca na doida. No final, sobrou pra mim :P
Triângulo amoroso de novela.
Estou há vários dias escrevendo esta carta mentalmente, porque na mente os erros ortográficos contam menos que os erros de atitude, e só no que penso são nos erros, uma vez que foram infinitamente mais constantes que os acertos. Não estou organizando frases para resumi-las num pedido de desculpas, pois nada me parece mais raso e os meus erros merecem um pouco mais de consideração, já que foram tão solenes e fartos, meus erros foram dos de tamanho grande, e há que se ter por eles um desprezo de igual envergadura. Menina, só um amor gigante provocaria esta nossa ruptura.
Se não há explicação, ao menos sinto verter por dentro um leve arrependimento, errei por razões mínimas porém em vezes diversas, o que me confere fartura, ainda que não tenham sido erros à sua altura. Menina, eu sei, você preferiria que eu tivesse acertado, mesmo que um acerto em miniatura.
Talvez não seja da minha índole agir com generosidade, é de família esta minha dificuldade em fazer os outros felizes, mas, ao contrário, é dom da tua, pois fizeste da tua felicidade a minha clausura. Que mistério é esse de tornar um homem apático o rei da euforia,de fazer de um homem sério o senhor da galhardia, de fazer de um homem só um homem mais só ainda, por não antever mulher alguma que consiga repetir esta aventura?
Menina, por um triz não fui o que esperavas de mim, faltou-me a coragem, não faltou-me a fissura. Para sempre estarei a te escrever esta carta mentalmente, confusa e fria, mas não impura, já que nela abdico dos meus erros e acertos para revelar apenas o que em silêncio te dedico, um amor injulgável, imedível, totalmente irresponsável, amor que abraça o sofrimento para testar sua resistência e que acredita, de maneira um tanto tola e quixotesca, que só este tipo de amor é que perdura.
(Martha Medeiros)
Não sei por onde começar esta carta que já nasce atrasada, pensamos sempre que temos muito a dizer mas as palavras são pouco amistosas, onde encontrá-las agora, às três e dez de uma madrugada em que me encontro insone e pensando mais uma vez em você?
Você esperou por estas palavras por muitos meses, na esperança de que elas aliviariam a dor do seu coração, mas elas não vieram porque estavam ocupadas vigiando meus impulsos, me impedindo de me abrir, e minha própria dor lhe pareceu desatenção, eu que não durmo de tanta paixão congestionada, de tanto desejo represado, de tão só que estou.
Meus motivos sempre lhe pareceram egoístas, e se eu lhe disser que o descaso aparente foi na verdade uma atitude consciente para preservar você, me chamará de altruísta e não sairemos do mesmo lugar.
Eu errei por não permitir que você me oferecesse seu afeto, eu errei ao sobrevalorizar um risco imaginário, eu errei por achar que existem amores menores e maiores, avaliados pelo tempo investido, pela contagem dos beijos, pelas ausências sentidas, por tudo isto fui conduzido a um erro de cálculo.
Não te peço nada além de compreensão, e esta carta nem era pra pedir, mas para doar, eu que sempre me achei bom nessas coisas. o voluntário da paz, o boa-gente oficial da minha turma.
Mas peço: lembre de mim como alguém que alcançou a mesma medida do seu sentimento, a mesma profundidade das suas dúvidas, o mesmo embaraço diante da novidade, o mesmo cansaço da luta, a mesma saudade.
A carta vem tarde e redigidas com palavras covardes, as corajosas repousam pois se imaginam já ditas e escritas, valentes foram as palavras do início, as desbravadoras, as que ultrapassaram limites, quando nós dois ainda não sabíamos do que elas eram capazes, palavras audazes, febris.
Pela enormidade de tempo que temos pela frente em que não nos veremos mais, não nos tocaremos ou ouviremos a voz um do outro, pela quantidade de dias em que conduzirás tua vida longe de mim e eu de ti, pela imensidão da nossa descrença, pela perseverança da nossa solidão, pelos nãos todos que te falei, pelo pouco que houve de sim, acredita: te amei além do possível, não te amei menos que a mim.
(Martha Medeiros)